Cerca de 15 toneladas de lixo são retiradas de quintal de casa no Rio Novo


Autor: Thiago Gomes e Thyeres Medeiros
Fonte: http://gazetaweb.globo.com/

06/01/2016 13h09

Equipes da Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum) estiveram, nesta quarta-feira (6), em uma residência, localizada no bairro de Rio Novo, em Maceió, para retirar cerca de 15 toneladas de entulhos que estavam sendo estocadas há anos no local. A dona do imóvel, Maria de Lourdes Nazário, de 80 anos, mora com o filho, que sofre com problemas relacionados ao alcoolismo. Os dois serão assistidos socialmente pelo Município.

Denúncias de moradores do entorno desta casa estavam cada vez mais incomodados com o forte mau cheiro e receosos por causa da possibilidade de o local ter vários recipientes que acumulavam água da chuva, sendo prováveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, zika vírus e a febre chikungunya. 

Em outra ocasião, as equipes da Slum retiraram aproximadamente 30 toneladas de lixo de uma residência no mesmo bairro. De acordo com o órgão de limpeza urbana, parte do material (muitas garrafas pet e papelão) vai ser levada para uma cooperativa de reciclagem. O que não foi reaproveitável, terá como destino final o aterro sanitário de Maceió.
 

"A gente como vizinho sofre bastante com os bichos. Tem muita barata, rato", reclama Agrício Berto, morador há 16 na região. Ainda de acordo com este morador, o filho da dona do imóvel quebrou o registro de energia há quatro anos e, desde então, a casa não dispõe de eletricidade. A moradia, em si, já teve focos de incêndios duas vezes, conforme os vizinhos.

Somente neste mês de janeiro, a secretaria recebeu 12 denúncias de acúmulo inadequado de entulhos em prédios de Maceió, incluindo as áreas residenciais. Todas elas devem ser checadas seguindo um cronograma de trabalho das equipes. Até agora, foram quatro operações realizadas com o propósito de eliminar estes 'lixões' domésticos.

"Nossa principal preocupação é com focos do mosquito da dengue. Em todas as casas que fizemos a limpeza, havia vários focos", destacou Carlos Tavares, coordenador de fiscalização da Slum. 
 

"Estamos aqui para fazer a abordagem social. Vamos tentar conversar com ela para encaminhá-la para o Creas, para fazer os encaminhamentos necessários", ressalta Priscila Carnaúba, psicóloga da abordagem social.