Hospital em Arapiraca é multado em R$ 1,7 mil por fazer terreno de "lixão"


Fonte: http://www.tnh1.com.br/

21/10/2016 08h01

Técnicos da equipe de fiscalização do Instituto do Meio Ambiente (IMA) acompanham, desde a quarta-feira (20), a remoção da grande quantidade de lixo hospitalar que estava sendo depositado em um terreno localizado ao lado do Hospital Chama, em Arapiraca. Multado em mais de R$ 1,7 milhão, o local possui diversas irregularidades na destinação dos resíduos.

A situação do Hospital Chama é alarmante, conforme informações da Gerência de Monitoramento e Fiscalização do IMA. Na tarde da quarta-feira (19), foram retiradas 90 bombonas com capacidade para 25 quilos, cada uma. A perspectiva é que sejam retiradas entre 300 e 500 até o final do trabalho de remoção dos resíduos, ainda sem prazo para terminar.

Isso porque, segundo os técnicos que acompanham o trabalho, até uma retroescavadeira poderá ser utilizada para escavar a área que havia sido transformada em uma espécie de lixão.

O Hospital chama recebeu cinco autuações, no dia 07 de outubro, com multas que somadas passam de R$ 1,7 milhão, por queima irregular, armazenamento inadequado, deixar de dar a destinação ambientalmente adequada e lançamento irregular, em vazadouro, de resíduos gerados na Unidade de Saúde, além de reforma e ampliação sem licença.

Segundo informações do gerente de Monitoramento e Fiscalização do IMA, Ermi Ferrari, os técnicos acompanham o trabalho para evitar que aconteçam novas irregularidades, como a remoção dos resíduos de forma inadequada.

O Hospital havia sido autuado duas vezes esse ano, com multas que somadas chegavam a R$ 45 mil, por falta de licenciamento e pelo lançamento de efluente sem tratamento. Na ocasião foi assinado um Temo de Ajustamento de Conduta (TAC), com prazo até fevereiro de 2017, para a construção de uma Estação de Tratamento de Efluentes.

Em seguida, a equipe do IMA recebeu denúncias sobre os resíduos sólidos e suspeitou que a quantidade gerada seria muito inferior ao que é declarado e enviado para a correta destinação. Daí por diante realizou levantamentos na área e conseguiu encontrar dois locais que serviam de depósito, inclusive com valas para incineração.

O TNH1 tentou entrar em contato com a direção do hospital, pelo telefone fixo, mas as ligações não foram atendidas. A reportagem também tentou falar com o diretor da unidade de saúde, Emanuel Barreto, mas ele também não atendeu.